sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Querido John



“Querido John”, dizia a carta que partiu um coração e transformou duas vidas para sempre.
Com um futuro sem grandes perspectivas, John Tyree, um jovem rebelde, decide alistar-se no exército, após concluir o ensino médio. Durante sua licença, conhece a garota de seus sonhos, Savannah Lynn Curtis. A atração mútua cresce rapidamente e logo transforma-se em um tipo de amor que faz com que Savannah prometa esperá-lo concluir seus deveres militares. Porém ninguém previa o que estava para acontecer, os atentados de 11 de setembro mudariam o rumo de suas vidas. E assim como muitos homens e mulheres corajosos, John deveria escolher entre seu país e seu amor por Savannah. Agora, quando ele finalmente retorna para Carolina do Norte, ele descobre como o amor pode nos transformar de uma forma que jamais poderíamos imaginar.

John a princípio pode parecer um tanto intimidador com sua altura e seus músculos definidos, com suas tatuagens e expressão séria. E, de fato, por um tempo ele até merecia causar essa impressão, pois foi um típico rebelde sem causa - não gostava de estudar, não parava em nenhum emprego e vivia se metendo em confusão. Até perceber que estava andando a passos largos para lugar nenhum e resolver mudar; assim, ele entra para o exército, coisa que lhe faz muito bem, mas ainda restam questões em sua vida que o perturbam, como o relacionamento estranho com o pai e a espécie de solidão que vive.

Sabendo que o que vou dizer vai soar meio ridículo, a verdade é que em vários momentos da história senti vontade de pegar John no colo, fazer um carinho, dizer que tudo ia ficar bem, que ele não estava sozinho. Porque é assim que o vemos a maior parte do livro: sozinho. Ainda que conheça bastante gente, ainda que geralmente esteja acompanhado, John é um grande solitário, e realmente senti por ele.

Enfim. Quando John conhece Savannah, ele deixa transparecer quem realmente é, e por baixo do exterior bruto, vemos que existe um bom e sensível coração, além de um verdadeiro gentleman.

Além disso, a fidelidade e dedicação do amor dele por Savannah merece destaque; uma coisa simplesmente linda, como deveria ser sempre, de uma forma que merecia retribuição.

Já Savannah, gostei dela logo de cara. Diferente das outras meninas do grupinho da faculdade, ela faz o que acha que deve fazer segundo seus princípios. E isso inclui coisas como não beber, não ficar se agarrando com qualquer idiota em um cantinho escuro, ou se aproximar de um grandalhão intimidador como John Tyree quando todos pensam que ela não deveria.

Entretanto, nem tudo é perfeito; mais de uma vez não pude deixar de pensar que algumas de suas atitudes foram um tanto egoístas, como se ela esquecesse dos sentimentos do John(o que só me fazia ter ainda mais vontade de pegá-lo no colo). Entendo que esse tipo de coisa é perdoável, afinal todos cometem erros, ainda mais diante de circunstâncias difíceis. Mas, não sei. Em alguns momentos fiquei realmente com raiva de Savannah, porque ela estava fazendo John sofrer, ainda que involuntariamente, e parecia não se importar ou nem mesmo se dar conta disso.

Além disso, a Savannah do começo do livro não é a mesma do final; ela muda bastante, inclusive admite isso em determinado momento. E tudo bem, mudar faz parte da vida. Mas a verdade é que eu preferia mil vezes a Savannah jovem e apaixonada do começo do livro àquela ainda apaixonada, porém um tanto amargurada e dividida do final...

Outro personagem que vale a pena mencionar é o pai de John. Simpatizei com ele desde o começo do livro, ainda que o achasse meio estranho. E depois, conforme a verdade sobre ele vai se revelando, fiquei encantada, enternecida e admirada, assim como Savannah. O pai de John é um exemplo, e confesso que durante toda a leitura torci demais para que ele e o filho conseguissem se acertar.


Enfim. No geral foi uma leitura muito válida, com um enredo romântico, dramático, com amor e separação. Também valeu pela linda mensagem transmitida pela história, que pode ser resumida neste trecho:

'Porque finalmente compreendi o que o verdadeiro amor realmente significa. Pensar mais na felicidade da outra pessoa do que na própria, não importa quão dolorosa seja sua escolha.'

Essa também é um dos tantos livros de Sparks que temos o prazer de depois de uma linda leitura ver o filme! 
Sei que nem todos concordam comigo, mas o filme fica muito atraente com Channing Tatum no papel de John! rsrs ...





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