Eu fiquei mais que encantada com este livro, para mim Judith é uma das melhores no gênero de romance. Divertido, tempestuoso, excitante, surpreendente.
Eu simplesmente amei!
Não deixem de ler, pois é perfeito!
Resumo:
Ambientada nos luxuosos salões da corte londrina e nos campos verdejantes da Escócia, este romance combina humor e emoção, ternura e erotismo. A jovem condessa Elisabeth Cameron
causa furor quando se apresenta à sociedade londrina. Cortejada pelos mais cobiçados homens da época, cercada de amigas das melhores famílias, ela tem o mundo aos seus pés. Mas Elizabeth, embora nobre, é apenas uma órfã criada numa antiga casa de campo. Impulsiva e ingênua, deixa-se manipular e cai numa armadilha. Um escândalo envolvendo seu nome corre Londres e condena-a ao ostracismo. O tutor de Elizabeth não está disposto a sustentá-la para sempre. Por isso, um ano depois dos acontecimentos, arrisca uma cartada inusitada - oferece a mão da sobrinha aos doze homens que a haviam disputado antes do escândalo.
Ao saber do gesto do tio, a garota sente-se envergonhada. Todos seus ex-pretendentes a recusam, exceto Ian Thornton - um plebeu de temperamento indomável e atraente. Ela sabe que Ian estava no centro da intriga que quase a destruíra e tem certeza de que ele a despreza. Elizabeth precisa enfrentar seus temores e mergulhar numa tempestuosa e surpreendente história de amor.
Só um pouquinho ....
Com a nova compreensão de seus próprios sentimentos, Elizabeth era
capaz de compreender melhor também os dele. Um sorriso tocou-lhe os
lábios enquanto os músicos iniciavam a valsa; e permaneceu em seu
coração, quando os braços de lan enlaçaram sua cintura e a mão
esquerda fechou-se sobre seus dedos.
Acima deles, uma centena de velas ardia nos candelabros de cristal,
mas Elizabeth estava de volta àquele caramanchão iluminado pela lua
de tempos atrás. Como agora, lan movera-se ao som da música com
uma habilidade natural. Aquela adorável valsa de então havia iniciado
algo que terminara de maneira muito, muito equivocada.
Agora, dançando nos braços dele, ela sabia que poderia fazer tudo diferente
e tal certeza a encheu de orgulho, e uma pontinha de nervosismo. Ela
esperou, ansiando para que ele lhe dissesse algo doce e terno, como
fizera naquela última vez.
- Belhaven está devorando-a com os olhos - comentou lan, em vez disso.
- Aliás, é o que metade dos homens neste salão têm feito, desde que
você chegou. Para um país que se orgulha das boas maneiras,
esquecem-se disso quando se trata de admirar mulheres bonitas.
Aquele comentário não era a introdução que ela estava esperando. E,
pelo humor que ele demonstrava, concluiu que ela mesma teria de
melhorar a situação. Erguendo os olhos para o rosto enigmático, disse,
baixinho:
- lan, você já quis muito alguma coisa? Algo que estivesse ao seu
alcance mas que, ainda assim, tivesse medo de pegar?
Surpreso com a pergunta séria, e pela maneira como ela dissera seu
nome, lan tentou ignorar o ciúme que o atormentara durante toda a
noite.
- Não - respondeu, procurando disfarçar a irritação, e bailando os olhos
para o rosto adorável. - Por que pergunta? Há alguma coisa que você
está querendo?
Elizabeth desviou o olhar e assentiu, fitando as pregas minúsculas do
peitilho da camisa dele.
- O que está querendo?
- Você.
lan prendeu o fôlego e fixou os olhos nos cabelos dourados
- O que foi que disse?
Elizabeth fitou-o, antes de responder:
- Disse que quero você, mas tenho medo de...
Com o coração disparando em seu peito e os dedos pressionando-a mais
contra si, ele a interrompeu:
- Elizabeth - disse, tenso, observando a ávida e curiosa plateia que os
cercava e resistindo a um impossível impulso de levála para o terraço -,
por que, em nome de Deus, você me diria uma coisa destas quando
estamos no meio de um maldito baile, rodeados por uma multidão?
O sorriso radiante alargou-se.
- Ora, porque pensei que este fosse o lugar certo para fazê-lo -
respondeu, observando os olhos dele nublarem-se de desejo.
- Porque é mais seguro? - ele indagou, incrédulo, referindo-se à reação
ardente que, era óbvio, se seguiria.
- Não. Porque foi assim que tudo começou, há dois anos. Nós estávamos
num caramanchão e tocava uma valsa - ela o lembrou. - Você
aproximou-se por trás de mim e disse: ”Dance comigo, Elizabeth”. E... e
eu dancei - finalizou, com a voz sumindo diante do intenso ardor nos
olhos dele. - Você se lembra? - acrescentou, hesitante, quando ele
permaneceu em silêncio. Os olhos de lan mergulharam nos dela.
- Dê-me seu amor, Elizabeth - falou, então, com voz rouca. Ela
estremeceu mas encarou-o sem piscar.
- Eu te amo!
Essa parte é uma das mais emocionantes e tristes do livro ....
Elizabeth retesou-se, pensando desesperadamente numa maneira de
atingi-lo antes que ele desse os primeiros passos irrevogáveis para banila
de sua vida. Cada fibra de seu corpo acreditava que lan ainda a
amava. E com certeza, se alguém amava a outro a ponto de ser tão
magoado... De repente, compreendeu tudo o que ele estava fazendo, e
por quê. Virou-se para ele enquanto a história que o vigário lhe contara,
sobre a maneira como lan reagira depois da morte dos pais, emergia em
sua memória. Ela, entretanto, não era um cão de caça labrador, que
podia ser despachado para fora da vida dele.
Girando o corpo, encaminhou-se para a escrivaninha, apoiando as mãos
úmidas no tampo de madeira, esperando até que ele se viu forçado a
encará-la. Parecendo um anjo corajoso e determinado, Elizabeth
enfrentou seu adversário, com a voz trémula de amor.
- Escute-me com atenção, meu querido, pois vou lhe dar um aviso bem
claro de que não permitirei que faça isso conosco. Você me deu seu
amor, e eu não vou deixar que o tome de volta. Por mais que você tente,
mais força eu terei para lutar. Vou assombrar seus sonhos à noite,
exatamente como você fez com os meus, em todas as noites em que
ficamos separados. Vai permanecer longas horas acordado, desejandome
ao seu lado, e sabendo que eu também estarei ansiando por você. E
quando não puder mais suportar... - prometeu, dolorosamente -, então
voltará para mim, e eu estarei à sua espera. Vou chorar em seus braços
e lhe dizer o quanto lamento todo o mal que lhe causei, e você me
ajudará a encontrar uma maneira de perdoar a mim mesma...
- Maldição! - ele gritou, o rosto pálido de fúria. - O que mais é preciso
para fazê-la parar?
Ela encolheu-se sob o ódio na voz que amava tanto. E rezou para
conseguir dizer tudo o que tinha a dizer sem começar a chorar.
- Eu o magoei demais, meu amor, e vou continuar a magoá-lo nos
próximos cinquenta anos. E você também vai me ferir, lan, embora eu
espere que nunca mais seja tanto quanto está me ferindo agora. Mas se
é assim que tem de ser, vou suportar tudo pois minha única alternativa
seria viver sem você, e isso é o mesmo que a morte. A diferença é que
eu sei disso, e você... ainda não sabe.
- Já terminou?
- Não - ela disse, endireitando-se ao ouvir o ruído de passos
aproximando-se no corredor. - Há só mais um detalhe - informou-o,
erguendo o queixo trémulo. - Eu não sou aquela sua cadela de raça
labrador, entendeu? Você não pode me expulsar da sua vida, porque
não ficarei fora dela!
Um comentário:
Oi...Boa noite!
Você poderia me mandar por email ou então me indicar o blog para baixar o livro "Alguém para Amar" da autora Judith Mcnaught ?
EMAIL: beca_maia@yahoo.com.br
Obrigada e adorei seu blog !
Rebeca
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